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Advogados

Acessar a vida psíquica, na atualidade, nos oferece precioso material para que empreendamos um reajuste teórico capaz de proporcionar ao homem conforto, segurança e um alcance maior do entendimento de seus meandros sentimentais e afetos. Contudo, é preciso que o homem procure melhor se entender e posicionar perante si mesmo e aos demais.

Muitos dos políticos que integram o parlamento e o executivo brasileiro (foge deste ensaio aqueles que porventura possam estar no Poder Judiciário), em seus mandos e desmandos, falas e desmentidos, parecem não estarem dominados por uma consciência internalizada nem, muito menos, pela culpa.

O exercício da política, não apenas no Brasil como em tantos outros lugares, pode trazer enorme “prazer” para o ego, tanto no que diz respeito à singularidade de seus pontos de fixação, como também do material que encontra na realidade. Contudo, sabe-se que não há, pelo menos nos casos mais visíveis e observáveis de narcisismo do sujeito político, autonomia do ego com relação à sua história libidinal – nem mesmo com relação à sua realidade atual – dele e da sociedade onde atua como agente público.

Segundo S. Freud (1919), é sempre uma afronta para o narcisismo os limites da realidade e a renúncia às fantasias próprias. Traço constante dos narcisistas é a onipotência. Objetos fantasiados estão em confronto com os objetos reais.